A farmacognosia é uma disciplina fundamental no reconhecimento, caracterização e avaliação da qualidade de drogas vegetais. Ela integra conhecimentos de botânica, química, morfologia e farmacologia, sendo essencial na identificação e controle de qualidade de matérias-primas vegetais. Através de métodos macroscópicos, microscópicos e físico-químicos, a farmacognosia possibilita a identificação de adulterações, a detecção de contaminantes e a avaliação de compostos bioativos. Por essa razão, ela se constitui como base científica para o controle de qualidade de drogas vegetais e fitoterápicos, assegurando a eficácia terapêutica, a segurança e a padronização dos produtos utilizados na prática clínica. Conforme estabelecido na Farmacopeia Brasileira e reforçado em manuais técnicos do Ministério da Saúde, o farmacêutico, enquanto profissional legalmente habilitado, desempenha um papel central nesse processo, desde a seleção adequada da espécie até a validação dos parâmetros de qualidade exigidos na produção de insumos de origem vegetal.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), “os insumos farmacêuticos ativos de origem vegetal devem apresentar dados de identidade e qualidade que comprovem sua segurança e eficácia terapêutica”.